For the world is hollow and I have touched the sky.
O nome deste episódio de Star Trek, exibido em 8 de novembro de 1968, é, por si só, uma poesia. “Pois o mundo é oco, e eu toquei o céu.”
O episódio é tão belo quanto o nome.
A Enterprise localiza um asteróide chamado Yonada. Aparentemente o asteróide não é habitado, mas quando Kirk, Spock e McCoy são transportados à superfície, eles descobrem que o asteróide é habitado abaixo da superfície. O que os habitantes do asteróide não sabem é que Yonada é, na verdade, uma grande nave espacial controlada por um super computador (O Oráculo) criado para esconder a verdade ao povo, até que o asteróide/nave atinja seu destino. O problema é que a nave saiu de curso e está em rota de colisão com um planeta da Federação.
McCoy tinha acabado de descobrir que era portador de uma doença terminal, e acaba se apaixonando por Natira, a líder espiritual de Yonada (uma atriz chamada Katherine Woodville, uma das mais belas “Star Trek girls”). McCoy decide então ficar no asteróide, mesmo sabendo que se o curso não for corrigido, a Enterprise terá que destruí-lo.
Descobre-se durante o episódio que Yonada havia sido criado 10 mil anos antes pelos habitantes do planeta Fabrini, destruído pela explosão de seu sol. Yonada era, então, um último refúgio para essa raça, programado para levá-los a um “mundo prometido”.
No final do episódio, Kirk e Spock conseguem convencer Natira da realidade de seu mundo. É interessante que ela escolhe ficar lá, mesmo sabendo que seu mundo era apenas uma nave espacial. A lealdade dela ao povo e ao legado dos criadores de Yonada é admirável e ela abre mão de uma vida melhor na Enterprise pela continuidade desse legado.
A única ressalva é o final rápido para o episódio. Kirk e Spock descobrem de maneira muito rápida o controle da nave, consertam tudo rapidamente e a nave volta ao seu curso original. A maneira como Spock lê o “manual” da nave (uma língua extinta há 10 mil anos!) é meio forçada, mas tudo bem. Nada pode ser perfeito.
Com tantas alternativas e opções, o episódio é realmente muito interessante. A interpretação de DeForest Kelley é convincente e emocionante em alguns momentos. Há uma crítica forte ao fanatismo religioso embutida no episódio. A atitude de Natira totalmente submissa ao Oráculo pode ser comparada a alguns fenômenos religiosos que vemos no mundo.
O Star Trek Compendium ( de 1989, por Allan Asherman) descreve o episódio como “uma bem sucedida história de amor de Star Trek, e um dos momentos mais memoráveis da série.”
Ah, vale mencionar que esse episódio, entre alguns outros, foi remasterizado em 2007 para ser apresentado na tv americana como parte das comemorações de 40 anos da série.
P.S.: o nome do episódio foi traduzido para “O Mundo Finito”. Perdeu toda a poesia…:S
Daniel,
Adoro a série Star Trek clássica.
Não conheço esse episódio, mas você me deixou curiosa sobre ele.
Obrigada
Beijos
Rita
Oi Rita, esse episódio é da terceira temporada, que não passou aqui no Brasil. Acho que só pelo dvd mesmo…hehe… Bjos.
Também é interessante observar que este episódio foi censurado, junto com outros dois por motivos diferentes, na primeira vez em que a série foi exibida no Brasil pela Rede Band.
Ele foi exibido pela extinta rede Manchete na década de 90.
Po, tá aí uma que eu não sabia…. legal…
Outros dois episódios censurados pela Rede Band, na época, mas exibidos pela extinta Rede Manchete: A Maçã (cenas de pouca roupa) e A Glória Ômega (crítica a guerra do Vietnã e símbolo patriótico rasgado, bandeira americana).
Eu assisti todos os episódios de todas as Séries de Star Trek! A série é fantástica, apesar de algumas imperfeições, não existe série melhor.