Ontem fui ao cinema assistir A Origem (Inception). Achei o filme simplesmente fantástico! Esse eu recomendo para todo mundo ver.
Chritopher Nolan, o diretor, roteirista e produtor do filme, me impressionou de verdade pela primeira vez com Amnésia, aquele filme doido com Guy Pearce e Carry-Ann Moss que é passado inteiramente de trás para fente.
Em A Origem , Nolan criou uma história totalmente diferente. O filme é passado quase todo no mundo dos sonhos, ou em sonhos dentro de sonhos, e a realidade se confunde com esses sonhos de uma maneira espetacular.
Antes de mais nada, A Origem é um filme de ficção científica muito bom. Nesse mundo, existe uma tecnologia que permite às pessoas invadirem os sonhos de outras, usarem seus subconscientes e criarem realidades alternativas dentro dos sonhos.
O personagem de Leonardo DiCaprio(Cobb) ganha a vida invadindo os sonhos dos outros a fim de extrair segredos que possam lhe trazer algum lucro. As coisas nem sempre dão certo e ele e seu parceiro, Joseph Gordon-Levitt (Arthur) acabam recebendo uma proposta totalmente inusitada. Cobb precisa então reunir uma equipe para invadir o sonho do herdeiro de uma mega-corporação.
Esse é o ponto de partida para uma história incrível e cheia de alternativas. Uma coisa é fundamental na construção da história: o tempo nos sonhos passa muito mais lentamente do que na realidade. Minutos no mundo real equivalem a horas no mundo dos sonhos. Se os personagens conseguem invadir sonhos que acontecem dentro de sonhos então… o tempo passa muito mais devagar. Muito da ação do filme é graças a esse efeito.
Além de DiCaprio e Levitt, o filme traz Ellen Paige e Tom Hardy muito bem em seus papéis. Ela, uma estudante de arquitetura que tem a função de “desenhar” os sonhos. Ele, um falsificador mestre em disfarces.
O filme é bem cheio de ação e tem algumas reviravoltas interessantes. Algumas cenas são memoráveis. Gostei muito da maneira como Ariadne (Ellen Paige) contrói e modifica as cidades nos sonhos. As cenas de luta num ambiente sem gravidade são muito bem feitas, me fizeram lembrar de Matrix Revolutions (sem a chuva e com menos barulho, claro).
A sensação no final do filme é de “ufa…”. Parece que ficamos cansados junto com os personagens.
Para quem achou que esse filme tinha algo de Philip K. Dick, posso dizer que estão certos. Tem muito de Dick em A Origem. Quem leu O Homem Do Castelo Alto vai entender.
*** Fazendo uma observação aqui. Acho que eu me expressei mal no parágrafo acima. De fato, há muito de Dick em A Origem. Um dos comentários que eu recebi lembra que a melhor referência está em Total Recall, e não em O Homem Do Castelo Alto. O que eu quis dizer é que o final do filme me trouxe à mente este último livro. Não dá pra falar mais…hehe… ***
Muito boa resenha. A referencia de Dick mais próxima do filme é Total Recall.
Ah, eu não li Total Recall, só vi o filme. Pelo filme, eu posso dizer que concordo no que diz respeito às “viagens” pleo subconsciente. Mas em Inception, o final do filme traz O Homem Do Castelo Alto à mente muito explicitamente.
Quero muito ver o filme. O homem do castelo alto, já li. Prestarei atenção nos detalhes em busca desses referências.
Acho que não coloquei direito o que eu queria no post…rs… o que me fez lembrar O Homem Do Castelo Alto é só o finzinho do filme…:P
Dick é sempre referencia quanto se trata de discutir a real versus imaginário. No Homem do Castelo Alto a tonica é o inverso do contrário (se pensarmos matemáticamente não é a mesma coisa).