Olha quanta estrela eu vi ontem!

Pois é, e nem precisei bater a cabeça na parede para ver um monte de estrela…

Chegando do trabalho ontem à noite, sem sono e querendo esvaziar a cabeça, resolvi dar uma olhada no céu. A Lua estava bem brilhante, já que está saindo da fase cheia. Isso significa que muitas das estrelas acabam ficando ofuscadas pelo brilho da Lua. Mas esse seria o menor dos problemas, vejam:

  1. Estou em São Paulo.
  2. De onde estava olhando o céu, tinha uma vista quase perfeita da pista do aeroporto de Congonhas com uma infinidade de luzes amarelas iluminando sei lá o quê, já que não tem voos nesse horário.
  3.  Ainda havia algumas nuvens no céu, resquícios dos últimos dias nublados que tivemos por aqui.
  4. Estava em área residencial, ou seja, o lado que não era iluminado pelo aeroporto, era repleto de casas para atrapalhar minha visão do horizonte.

Mas vejam que bacana… mesmo com tudo isso, eu consegui enxergar várias estrelas (e parte das constelações) importantes no céu. Muitas delas, senão todas, serão mostradas com mais detalhes nas próximas semanas.

Logo “acima” da Lua, mais ou menos na direção nordeste, Júpiter estava bem brilhante. Uma visão espetacular, muitas vezes tenho a impressão que é possível enxergar um disco ao invés de um ponto, de tão brilhante e bonito que é esse planeta.

Logo ao lado de Júpiter, em direção ao Norte (ou olhando à esquerda de Júpiter), era possível observar duas estrelas da constelação de Áries. Continuando o movimento para a esquerda vinham Andrômeda, bem representada pelas suas três estrelas principais, e Pegasus, uma constelação que eu acho linda e que ficou marcada na minha memória desde a minha primeira visita ao Planetário. Essa constelação é espetacular, um quadrilátero enorme de estrelas no céu representando metade do corpo do cavalo alado, com mais algumas estrelas representando a cabeça e o focinho. Linda!

Mais para o alto do céu, Fomalhaut (Piscis Austrinus), Achernar (Eridanus) e Alnair (Grus) dominavam a vista.

Já bem perto do horizonte, na direção Oeste, Altair (lembram dela, que mencionei ao falar de Aquila?) ainda estava visível.

Um pouco antes de eu “me recolher”, olhando pro lado Leste, entre umas casas que juro que fiquei com vontade de derrubar, consegui ver as famosas Três Marias (Mintaka, Alnilam e Alnitak) e Rigel, todas elas pertencentes a Orion.

Aldebaran (Taurus) também estava visível no céu, mas escondida atrás de um prédio. Sirius (Canis Major), Canopus (Carina), Betelgeuse (Orion), Deneb (Cygnus) estavam muito próximas ao horizonte para srem observadas.

Do jeito que o céu estava ontem, imagino que meu limite de observação foi até a magnitude 3 ou 3,5. Muito pouco, infelizmente, já que a vista humana consegue observar até a magnitude 6. Mas como diz aquele ditado que vivia aparecendo nos desenhos do Pica-Pau: “Se a vida te dá um limão, faça uma limonada.”

Devo confessar uma coisa. Poucas coisas são tão relaxantes para mim quanto observar o céu. Mesmo sendo um céu com poucas estrelas, sem graça, poluído e cercado de prédios por todos os lados…hehe… recomendo a experiência aos mais estressadinhos.

Na imagem abaixo, uma simulação do céu que acabei de descrever para vocês. Os astros numerados são os que eu mencionei aqui. Vejam a legenda abaixo da figura. Eu sei que a imagem está pequena, mas podem clicar nela para abrir maior em outra janela.

1. Lua / 2. Júpiter / 3. Aries / 4. Andromeda / 5. Pegasus (notem que uma das estrelas – a azul- é meio “compartilhada” com Andromeda) / 6. Fomalhaut / 7. Achernar / 8. Alnair / 9.Altair / 10. Três Marias / 11. Rigel / 12. Aldebaran / 13. Sirius / 14. Canopus / 15.Betelgeuse / 16. Deneb

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