Semana passada, eu li The Hunger Games, livro de Suzanne Collins que foi recentemente lançado aqui no Brasil com o título de Jogos Vorazes, e cuja adaptação às telonas deve sair em março de 2012.
As recomendações que recebi antes de ler esse livro foram entusiásticas e incluíam: “um dos melhores livros que já li!”, “não conseguia desgrudar os olhos do livro!” e “se você ler o primeiro livro, vai ficar desesperado para ler as continuações!”
Claro que com todo esse “auê”, eu estava animado e cheio de expectativas para o livro. E devo admitir, o livro é MUITO BOM!
Trata-se de uma espécie de ficção científica distópica dirigida ao público infanto-juvenil, com fortes críticas à sociedade atual, ligada em tv e reality shows.
A história é passada num futuro indeterminado, no território que já foi conhecido como “América do Norte”, mas que hoje é uma nação gigante chamada Panem. Essa nação é formada por uma Capital e doze distritos que a cercam. A Capital é a região mais rica e próspera, há indícios de alta tecnologia e a população vive com luxo e conforto. Os doze distritos que a cercam são regiões pobres, vivendo de maneira praticamente medieval, tendo seu trabalho pouco valorizado e as riquezas naturais sendo transferidas diretamente à Capital.
Como “castigo” por uma revolta mal sucedida, os governantes de Panem determinaram que, todos os anos, cada um dos doze distritos deve enviar um rapaz e uma moça à Capital para participarem dos Jogos Vorazes (Hunger Games). Esses jogos são nada mais nada menos que uma mistura de reality show, sobrevivência na selva e lutas de gladiadores. Ao todo são vinte e quatro jovens que vão lutar até a morte, o tempo que for necessário. Os jovens são lançados numa arena gigante, ao ar livre, com florestas, rios e lagos, e devem simplesmente “sobreviver”, enfrentando-se uns aos outros e superando as dificuldades que a natureza venha a lhes apresentar. Perder significa a morte, vencer significa riqueza e melhores condições para o seu próprio distrito. Tudo isso é transmitido pela televisão para o país inteiro.
The Hunger Games conta a história de Katniss Everdeen, uma jovem de dezesseis anos que se vê obrigada a participar dos jogos para evitar uma desgraça na sua família.
O livro tem um ritmo frenético. Como o objetivo dos jogos é simplesmente “matar uns aos outros”, os jovens não podem relaxar um minuto sequer. Toda a narrativa é feita em primeira pessoa, e a autora consegue transmitir com muita habilidade a tensão que os personagens sentem. O suspense é contínuo e realmente é quase impossível deixar o livro de lado. Há momentos fortes e violentos. O momento em que Katniss ouve à distância uma outra garota sendo assassinada, ou a sequência em que ela consegue pegar um arco e algumas flechas são angustiantes. Os poucos momentos em que ela pode descansar são sempre “assombrados” pelo que pode acontecer no parágrafo seguinte. O leitor sente medo e cansaço junto com os personagens.
A sequência final, que traz uma luta em campo aberto e uma série de reviravoltas muito bem pensadas pela autora, é uma das melhores narrativas que eu já li.
Recomendo fortemente a leitura.
Já comecei a continuação, Catching Fire, traduzido por aqui como Em Chamas. Se for bom como dizem, volto a comentar por aqui…;)
Concordo que os livros são muito bons, a historia prende o leitor e sempre deixa um gostinho de quero mais no final de cada capitulo. Na minha opiniao a personagem principal poderia ser um pouco mais carismatica. No geral vc fica torcendo por ela pq de certa forma a revoluçao que ela inicia vem com a promessa de que mudara toda a politica corrupta do Capitol. Ela poderia ser um pouco mais decidida e sair um pouco de cima do muro. Livro rico em detalhes, vc realmente se transporta pra cada lugar descrito nele. Fazia tempo que nao lia um livro assim.